Há algo tão ruim quanto um(a) fumante soltando fumaça feito chaminé ao lado de quem não compartilha o vício: o destino dado à bituca. Em geral, o filtro do cigarro usado acaba jogado no chão, como se nada fosse ou como se bastasse pisar em cima, esfregar a sola do sapato e seguir a vida.
O resultado é mais lixo intoxicando o planeta.
Como resolver? Uma notícia sobre o assunto chamou a atenção na Europa e pode muito bem servir de inspiração ao Brasil: na Bratislava, capital da Eslováquia, um esforço conjunto entre a iniciativa privada e a companhia municipal de gestão de resíduos achou um jeito de dar um destino útil às pontas.
Não é delírio das redes sociais nem fake news: uma empresa local chamada EcoButt realmente conseguiu transformar as bitucas em matéria-prima para fazer asfalto.
A primeira estrada do tipo foi construída em 2022, na região central do país, e o projeto vem ganhando força ao longo de 2024, inclusive com o apoio de gigantes do setor do tabaco. Até o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, produziu um vídeo sobre o tema.
Há alguns meses, as coletas têm aumentado graças a recipientes especiais espalhados pelo território e a campanhas de conscientização, principalmente durante grandes eventos. A ideia é converter os filtros em fibras especiais e dar continuidade à transformação, atenuando os prejuízos ao meio ambiente.
É uma boa ideia, e não só para os eslovacos.