Para Litto Nebbia, um dos fundadores do rock argentino, Atahualpa Yupanqui é um farol: "Sua obra não tem limite geracional nem de gênero. É uma arte pura que nos representa, nos dignifica e nos mostra um caminho". A edição de maio da revista Rolling Stone argentina, de onde extraí essa citação de Nebbia, é toda dedicada a reverenciar Yupanqui na passagem dos 25 anos de sua morte, que se completa na próxima terça-feira. "Ele é o pai da música argentina", sintetiza um dos textos. Nascido Héctor Roberto Chavero, em 31 de janeiro de 1908, no interior da província de Buenos Aires, filho de um mestiço de origem quéchua e de uma descendente de bascos, Yupanqui foi um homem do campo, que percorreu seu país palmo a palmo e se tornou referência internacional. Mesmo se dizendo tradicionalista, seu trabalho foi revolucionário; influenciou todas as gerações futuras – e não só as da música folclórica.
Paralelo 30
Atahualpa Yupanqui segue um clássico sem limites de geração ou gênero nos 25 anos de sua morte
Yupanqui foi um homem do campo, que percorreu seu país palmo a palmo e se tornou referência internacional com um trabalho revolucionário
Juarez Fonseca