Quase dois meses depois de ter dado autorização para o início da revitalização do viaduto Otávio Rocha, enfim, a prefeitura conseguiu ver concluída uma etapa complexa. Todos os comerciantes que ocupavam bancas no local desocuparam seus espaços.
O último deles o fez na segunda-feira (19). Na sexta-feira (16), a juíza Sílvia Muradas Fiori, da 4ª Vara da Fazenda Pública, determinou a retirada imediata do comerciante.
O estabelecimento em questão é a loja de celulares Nato Celular, que ocupava os pontos 27 e 29 do viaduto. O proprietário já não comercializava seus produtos no local, mas resistia em entregar as chaves à prefeitura.
Primeiros trabalhos
A partir de agora, a prefeitura poderá, enfim, ver a reforma em andamento em ambos os lados do viaduto. Desde 24 de novembro, a empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia monta seu canteiro de obras no local. As primeiras intervenções iniciaram no dia seguinte.
- A obra agora vai avançar, e vamos convidar não só os comerciantes, mas também entidades e moradores, para fazer um acompanhamento diário do andamento da obra, que é de importante valia para a mobilidade da região - destaca o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores.
Também ocorreu a instalação dos tapumes, que servem para isolar a parte que será restaurada e os pontos por onde passarão os pedestres. Aliás, essa estrutura de madeira já está toda pichada, o que indica que não adianta reformar o viaduto. No dia posterior ao término das obras - previsto para maio de 2024, se a prefeitura não tiver um contrato de manutenção, a grande estrutura de concreto já estará rabiscada.
O investimento na reforma será de R$ 13,7 milhões. A revitalização será executada com recursos recebidos da Corporação Andina de Fomento (CAF) para recuperar a orla do Guaíba. A última vez que o viaduto de 270 metros de extensão foi recuperado foi em 2001.