Oito anos depois do primeiro trecho inaugurado, a cidade de Porto Alegre se aproxima dos 54 quilômetros de vias exclusivas para ciclistas. O número ainda é pequeno perto dos 500 quilômetros prometidos no Plano Diretor Cicloviário de 2009 e muito distante dos 2,7 mil quilômetros da malha viária da capital, mas mostra uma tendência.
Nas próximas semanas, a Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) irá concluir 1,3 quilômetro de pista específica para as bicicletas na Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, entre a rótula das Cuias e a Avenida Erico Verissimo. A partir da inauguração será possível criar conexão entre as ciclovias já existentes nas ruas José de Alencar, na avenida Ipiranga, na rua José do Patrocínio e na avenida Edvaldo Pereira Paiva, na orla do Guaíba.
—Priorizamos no nosso governo a construção de ciclovias com recursos de contrapartida ou financiamentos. Assim conseguimos entregar de forma mais ágil os trechos e com menos burocracias -, diz o prefeito Nelson Marchezan Júnior.
Na sua gestão, Porto Alegre ganhou 10 dos 54 quilômetros. De janeiro até agora, foram 4,4 quilômetros acrescentados.
Recentemente, a Avenida Ipiranga teve o seu último trecho liberado para uso. Da Avenida Salvador França até a Coronel Lucas de Oliveira, o ciclista tem mais 1,7 quilômetro para usar em pista separada dos carros. Em 2012, a mesma via ganhava seus primeiros 400 metros de pista para ciclistas. Já no trecho da Avenida Mauá, entre as ruas Sepúlveda e General Portinho, foi construída uma ciclovia de 700 metros.
— Com a ligação direta com a Goethe e toda a extensão da Ipiranga, passando por diversos bairros desde o início da avenida, os usuários desse modal terão um espaço com mais segurança para seus deslocamentos ao trabalho, estudo ou lazer — afirma o secretário municipal extraordinário de Mobilidade Urbana, Rodrigo Mata Tortoriello.
Além de criar novas ciclovias, a prefeitura já precisa recuperar as que foram criadas. A avenida Loureiro da Silva é um exemplo. A ciclovia existente foi recuperada no sentido centro-bairro, junto às paradas de ônibus.
Uma que também está precisando de reparos é a da avenida Ipiranga. Trechos com fissuras no asfalto, ondulações e gradis danificados demonstram a ação do tempo.