A dificuldade em pagar valores devidos do governo Sartori impede neste momento que a duplicação da RS-118 receba um ritmo mais acelerado. Faturas deixaram de ser pagas desde outubro de 2018, mesmo que a execução dos trabalhos tenha prosseguido até dezembro.
Dessa forma, hoje as empresas Sultepa e Toniolo Busnello têm a receber R$ 3,5 milhões. Sem esse pagamento não é possível realizar a principal parte da obra que é a duplicação da rodovia. O secretário estadual dos Transportes, Juvir Costella, vem negociando com as construtoras para garantir a ampliação dos trabalhos.
Além do valor devido diretamente às empresas, o secretário precisou garantir a retomada do fornecimento do asfalto. A empresa Stratura, subsidiária da Petrobras, tinha a receber R$ 13 milhões de produto que foi entregue ainda em 2018 . Desse total, R$ 11 milhões já foram quitados. O contrato anterior chegou ao fim na semana passada e o governo negocia um novo aditivo.
A dificuldade financeira para garantir o andamento da duplicação da RS-118 nos primeiros meses de gestão do novo governo também fez parte da realidade do governador Sartori, quando ele assumiu em 2015. Na ocasião, porém, as obras demoraram dois anos para serem retomadas, não só pela falta de dinheiro, mas pela necessidade de se realizar licitações que não foram feitas pelo governo de Tarso Genro.
Na gestão de Eduardo Leite, parte das obras foi mantida. Principalmente aquelas que não dependem de asfalto. A construção de três pontes sobre o Arroio Sapucaia é uma delas. A obra deveria ser entregue em fevereiro, mas o prazo foi ampliado e a conclusão ocorrerá em maio.
Com as dificuldades enfrentadas, Costella já prevê uma nova data para concluir a duplicação que vai completar 13 anos em julho. Em vez de entregar as obras no fim do ano, a nova expectativa do secretário é ver a finalização dos trabalhos até dezembro de 2020.
-A duplicação da RS-118 é nossa obra prioritária e, por isso, estamos mobilizados desde o início de nossa gestão para que ela recupere o quanto antes o ritmo desejado. Nossa meta é disponibilizar os recursos necessários para garantir que ela siga até a conclusão - ", ressalta Costella.
Além de terminar a duplicação completa dos 21 quilômetros, o governo ainda precisará de recursos para concluir o viaduto sobre a Avenida Theodomiro Porto da Fonseca, o viaduto sobre a linha do Trensurb.