
Ainda não foi dessa vez que saiu uma definição sobre a proposta para resolver o passivo de produtores rurais dos gabinetes de Brasília. O encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na quarta-feira (23), pode ser considerado mais uma etapa no caminho da negociação. A complexidade e os recursos exigidos para uma eventual securitização explicam — embora não amenizem a preocupação dos agricultores com faturas a pagar — a necessidade de novos capítulos.
O que fica claro, até o momento, é que, quaisquer que sejam as ações do governo federal, não terão abrangência geral. Ou seja, serão direcionadas para públicos específicos, com critérios e alcance ainda por ser definidos. A ideia de buscar recursos do Fundo Social do pré-sal também é contestada, em razão de regras para o uso.
Luis Carlos Heinze, autor do projeto de securitização no Senado, participou do encontro com Haddad, a quem entregou um ofício com os detalhamentos da proposta em tramitação. Com relação ao pedido mais imediato, para a prorrogação dos vencimentos de parcelas, o senador disse à coluna que houve uma sinalização positiva. Um voto do conselho, disciplinando a questão, acrescentou em vídeo, deve sair até a semana que vem:
— Uma prorrogação com mais tempo, não só jogar para o ano que vem.
O próprio Ministério da Agricultura havia alertado sobre o problema do RS, com base em um levantamento de que as contas por vencer em 2025 e após este ano somam R$ 113,67 bilhões.