A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Tradição do Halloween, as abóboras com rostos "aterrorizantes" têm ganhado cada vez mais espaço em casas — e em hortas — de todo o Brasil. Para acompanhar a festa — e a demanda crescente do produto pelo mercado —, a Embrapa criou nos últimos anos um programa de pesquisa de sementes da hortaliça para abastecer e fazer frente ao Dia das Bruxas nacional.
Segundo Warley Nascimento, pesquisador da Embrapa Hortaliças, Brasília, do Distrito Federal, a própria tradição do Halloween vem do agro:
— Era uma forma de se comemorar a colheita, trazida da Irlanda para os Estados Unidos.
Hoje, os Estados Unidos são um dos principais produtores da hortaliça. No Brasil, são os Estados de Minas Gerais e São Paulo que despontam como principais produtores.
— Mas era para comer só. Nos últimos anos que cresceu essa tradição do Halloween, nas escolas, no trabalho — observa o pesquisador.
A empresa Trebeschi, com sede em Araguari, Minas Gerais, foi uma das que enxergou oportunidade nesse mercado. Hoje, fornece abóbora até para a Rede Zaffari de Supermercados, no Rio Grande do Sul. A produção e as vendas têm crescido entre 10% e 15%, ano a ano.
— Tem aumentado a influência da cultura americana no Brasil. Pelas escolas bilíngues, talvez. As crianças têm uma relação importante nesse crescimento, veem nos filmes, na TV, e querem levar para casa também — analisa Edson Trebeschi, proprietário do negócio.