As jornalistas Bruna Oliveira e Carolina Pastl colaboram com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
“Pioneira em quase tudo” e uma das maiores cooperativas de produtores agrícolas do país, a Comigo, de Rio Verde, no Goiás, começa a se estruturar rumo à sustentabilidade. Prestes a completar 50 anos, a entidade conhecida por números superlativos, com 11,8 mil cooperados e patrimônio líquido na casa dos R$ 5 bilhões, quer ser identificada por um trabalho de conservação do meio ambiente.
A cooperativa foi eleita a segunda melhor empresa do agronegócio do país em ranking do jornal Valor Econômico deste ano. O foco, agora, é o futuro.
Entre os projetos, que incluem recuperação de nascentes e uso da energia solar, a Comigo estabeleceu uma meta de reaproveitamento de resíduos. O objetivo é saltar das atuais 25 mil toneladas reaproveitadas para 27 mil em 2027. A empresa também fornece milho para fabricação de etanol, fomentando os biocombustíveis.
Na abrangência do negócio, que começou pela necessidade de produtores de secar e armazenar a sua colheita, a cooperativa já é gigante. Com a maior parte dos associados identificados como médios e grandes produtores, trabalha com produção de grãos (milho, soja e sorgo), de insumos (fertilizantes, defensivos e sementes) e lojas agropecuárias. São três unidades industriais sob o comando da cooperativa, incluindo o complexo de Rio Verde, que abriga o beneficiamento de sementes.
O projeto mais recente de inovação é uma planta de esmagamento de soja em Palmeiras, também no Goiás. Prevista para estar em operação em novembro de 2026, a unidade recebeu investimento de R$ 1,3 bilhão e vai utilizar rota ferroviária para o recebimento e expedição da produção até o porto de Santos.
*A coluna viajou a convite da Fundação Dom Cabral, durante o Programa Agronegócio Em Perspectiva