As jornalistas Bruna Oliveira e Carolina Pastl colaboram com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
É da inteligência artificial que a produção agrícola começa a tirar maiores resultados e conservação. Referência em tecnologia e produtividade, a Fazendas Reunidas Baumgart, localizada na zona rural de Rio Verde, interior de Goiás, faz o que há de mais moderno na agricultura e na pecuária de corte, combinando tecnologia, genética e manejo.
Alexandre Baumgart, CEO da Fazendas Reunidas, diz estar operando uma verdadeira revolução interna. A prova disso está em campo, sobretudo nas lavouras. Uma das pioneiras em inteligência artificial, a propriedade utiliza um robô pulverizador que lê as plantas através de câmeras e despeja o produto somente nas áreas necessárias.
A tecnologia garante redução de 92,4% na aplicação de herbicida na área monitorada. Com inovação do início ao fim, o pulverizador é alimentado à energia solar e tem autonomia para rodar 24 horas nas plantações. A tecnologia desenvolvida pela Solinftec custa cerca de R$ 350 mil no mercado.
A propriedade é campeã de produtividade no Centro-Oeste e faz integração lavoura pecuária há pelo menos 25 anos. A área plantada soma 9,1 mil hectares e divide espaço com a criação de animais no ciclo completo. Na pecuária, a fazenda tem capacidade para abrigar 10 mil cabeças estáticas e fazer 25 mil abates por ano.
A tecnificação do ciclo pecuário foi o que permitiu o giro mais rápido dos animais, com abate em 14 meses, o chamado super precoce. Para isso, a escolha das melhores cruzas no rebanho é fundamental.
— Crescimento rápido que só é possível com investimento em genética — diz o CEO.
A propriedade usa nelore como base, combinado a raças europeias.
Além disso, o ciclo em confinamento com automação no trato dos animais e nutrição adequada permitiram reduzir em 50% as emissões de carbono para a atmosfera, garante o CEO.
*A coluna viajou a convite da Fundação Dom Cabral, durante o Programa Agronegócio Em Perspectiva