Conquistas obtidas pelo Rio Grande do Sul podem fazer o resultado das exportações de carne suína do segundo semestre ficar ainda melhor do que o do primeiro. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que o Estado, na segunda posição do ranking nacional, teve alta de 20% no volume embarcado entre janeiro e julho, com 163,24 mil toneladas.
Com oito das 16 plantas brasileiras habilitadas a vender para a China, o RS ganha uma importante fatia do principal comprador da proteína brasileira – foi destino de 37% do total exportado pelo Brasil no período.
— É um dos fatores que influenciaram a alta das exportações no período, especialmente porque este mercado vem incrementando as importações de produtos brasileiros. Além disso, outros destinos, como o Uruguai, vêm importando mais carne suína gaúcha — explica Luís Rua, diretor de Mercados da ABPA.
Ainda assim, há uma distância de Santa Catarina, reconhecido como livre de aftosa sem vacinação desde 2007 e primeira posição no ranking entre os Estados exportadores. E é esse status, agora também uma realidade para os gaúchos, que traz a conquista de novos espaços.
O Chile reconheceu a condição, e os embarques de carne suína do RS para lá estão na fase de habilitação do pré-listing das empresas que poderão vender. É apenas um trâmite burocrático, explicou Rua, e deve se concretizar nas próximas semanas.
A República Dominicana acaba de abrir suas portas, contabilizando um frigorífico do Estado entre os credenciados para embarques. Cobiçado mercado, a Coreia do Sul deve enviar missão em novembro (para o RS e outros Estados com o novo status). De forma geral, o Brasil deve fechar o ano com exportações em alta em volume e receita na carne suína e no frango.