Atração no assado da Casa RBS no Paleta Atlântida, que ocorre neste sábado (28), em Xangri-Lá, a carne angus deverá servir mais mesas neste ano. Pelo menos essa é a projeção da Associação Brasileira de Angus (ABA). A meta é superar o resultado de 2022, quando bateu recorde com 35,8 mil toneladas certificadas pelo programa que, em 2023, completa duas décadas.
Ex-presidente da ABA e coordenador do recém-criado comitê gestor do Carne Angus Certificada, Nivaldo Dzyekanski atribui o entusiasmo à criação e à fidelização de um nicho:
— Há 20 anos, quando criamos o programa, a ideia era gerar uma demanda por carne certificada. Hoje, há cada vez mais consumidores que buscam por esses produtos de qualidade.
Para que a carne que se encontra no supermercado receba o selo do programa, há diversas etapas a serem vencidas. E começam, claro, no campo. É lá que a Angus avalia se o animal tem as características da raça. Caso sim, passa para a segunda etapa, com ele já abatido, no frigorífico, onde se mede o que são considerados outros pré-requisitos para receber o selo, como percentual de gordura. Só então o produto é embalado para ir para o varejo.
Outro número, que também tem projeção de crescimento para 2023, que chamou a atenção foi o de animais abatidos. Foram 461,6 mil cabeças em 2022, quantidade 19,3% maior.
— Isso quer dizer que, com menos animais, estamos produzindo mais carne. Uma conquista graças à genética e ao manejo do produtor — explica Dzyekanski.
Atualmente, a Angus opera com abates em 42 unidades frigoríficas de 22 indústrias em 11 Estados brasileiros, incluindo o Rio Grande do Sul. Só no processo de certificação da Carne Angus, há cerca de 60 funcionários responsáveis.
*Colaborou Carolina Pastl