O balido inconfundível, a popularidade com visitantes e a representatividade dão aos ovinos uma grande visibilidade na Expointer. Nesta 45ª edição, são 749 animais presentes no parque Assis Brasil, em Esteio – de um total de 892 inscritos. Criadores aproveitam a vitrine para reforçar a importância de fomentar a atividade que já foi dominante no Rio Grande do Sul.
Mais do que em tamanho de rebanho – o Estado chegou a ter acima de 12 milhões de exemplares, hoje tem em torno de 3 milhões –, o que se quer é resgatar o espaço e dar regularidade ao mercado dos produtos gerados – carne e lã.
– Nossos criadores precisam de uma resposta, que o setor público diga o que fazer para desenvolvimento, fomento e incentivo à cultura – pondera Edemundo Gressler, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (Arco).
No Painel RBS, ele explicitou em sua pergunta pontos que trazem preocupação:
– Existe produtor nosso que está há dois anos com a safra de lã nos galpões, não temos uma indústria brasileira que absorva 30% da produção.
Atualmente, o RS ocupa a terceira posição no ranking nacional. A sua frente estão Bahia e Pernambuco, com Ceará e Paraná também em crescimento. Gressler acrescenta que, além das políticas públicas, o produtor gaúcho tem um papel importante a cumprir.
– Temos de compartilhar e desejar que existam modelos, mas precisamos fazer o tema de casa. Ser mais eficientes, melhorar os índices de produção, mudar o conceito de uma criação extensiva – explica.
Encontrada em diferentes tamanhos de propriedades, a ovinocultura também pode ser desenvolvida em parceria com outras culturas.