
O saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não será extinto, reforçou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Ele próprio era um dos defensores de que acabasse, sob o argumento de que o recurso deveria ser usado para políticas públicas, como financiar moradia popular e obras de infraestrutura.
Junto da poupança, o FGTS é fonte essencial de empréstimos para compra da casa própria, especialmente no Minha Casa Minha Vida. O saque-aniversário e, agora — em tempos de baixa popularidade do governo Lula —, a liberação do dinheiro que ficava retido têm sido apontados como uma desidratação dos recursos, que já estavam escassos travando a assinatura de contratos. Em resposta à coluna durante entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, Marinho tentou tranquilizar o setor da construção civil.
— Tenho dialogado com o setor. A preocupação é liberar agora e daqui para frente também. Mas nós estamos liberando para este pessoal os R$ 12 bilhões agora. Está precificado. A lei permanece, protegendo a construção civil que acha que pode ter vulnerabilidade do fundo de garantia. Eu garanto, não afeta a saúde do FGTS, o Minha Casa Minha Vida nem o financiamento de projetos — detalhou o ministro.
A esperança de Marinho é de que, com a criação da nova proposta de consignado do governo federal, o trabalhador deixe de aderir ao saque-aniversário — que autoriza retirada anual de determinado valor —, mantendo mais recursos no FGTS.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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