Após ter azedado a largada da semana no mercado financeiro, o tarifaço dos Estados Unidos será suspenso por pelo menos um mês e ao menos para o México. A informação é da presidente mexicana, Claudia Scheinbaum, após a conversa esperada com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O México se comprometeu a reforçar a fronteira com 10 mil integrantes da Guarda Nacional para evitar o tráfico de drogas, especialmente de fentanil. Em resposta, Estados Unidos prometeram combater a venda ilegal de armas ao país vizinho.
No Brasil, a bolsa, que abriu em queda, apagou a perda e está subindo. Já o dólar faz o inverso, passou a cair após a alta do início da manhã, quando tocou R$ 5,90 seguindo a aversão mundial ao risco. A moeda começa a tarde cotada a R$ 5,82.
No final de semana, Trump havia determinado a imposição, a partir desta terça-feira (4), de taxas de 25% contra itens do México e do Canadá e de 10% adicionais contra produtos da China. A intenção de Trump é conversar também com os líderes dos outros dois países hoje. A suspensão da entrada em vigor a partir de uma conversa por telefone sinaliza que pode ter sido mesmo um "pé na porta" por parte do presidente que recém voltou à Casa Branca.
As tarifas pegam 40% das importações norte-americanas. Somam US$ 1,3 bilhão.
Essas taxas têm uma pressão inflacionária, pois produtos ficarão mais caros para os norte-americanos. O México é o maior fornecedor de frutas e vegetais para os Estados Unidos, enquanto o Canadá lidera em exportações de grãos e carnes de gado e aves. No caso do Canadá, embora com uma tarifa menor sobre estes itens - de 10% -, o impacto ocorre em petróleo e gás.
Lembrando que outras países, como os da União Europeia e o próprio Brasil, também já sofreram ameaças de tarifaço por parte de Trump.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Maria Clara Centeno (maria.centeno@zerohora.com.br)
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