Os indicadores do Banco Central apontam uma acomodação da economia gaúcha após o desempenho em "V" provocado pela enchente, quando a atividade despencou 7,8% em maio e subiu 8,9% em junho. Nos meses seguintes, o Índice de Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul (IBCRRS) ficou assim: +1,6% em julho, -0,9% em agosto, +0,53% em setembro, +0,01% em outubro e +0,27% em novembro, último dado disponível.
Economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Oscar Frank observa que, apesar da acomodação, os dados são bons. A enchente veio após o auge da colheita de 2024 e impactou mais o PIB de áreas urbanas. O IBCRRS está 0,4% acima de abril, mês anterior à inundação.
— Além disso, a base do ano anterior foi baixa pelo impacto da estiagem. As medidas de apoio dos governos também foram essenciais para injetar dinheiro nos primeiros meses após a tragédia. Agora, a injeção de recursos novos caiu drasticamente, enquanto a antecipação de benefícios sociais e a carência de impostos terminou — comenta.
O crescimento acumulado de janeiro a novembro de 2024 fica em 4,3% sobre 2023.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Maria Clara Centeno (maria.centeno@zerohora.com.br)
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