Fornecedora de aços de Canoas, a PS Zamprogna está investindo R$ 10 milhões na montagem de uma nova linha de produção que vai permitir que as bobinas de aço de alta resistência sejam cortadas em diversas espessuras diferentes. É o que a indústria chama de corte longitudinal, ou slitter. Segundo a empresa, esse tipo de produto é destinado desde a produção de maquinário e veículos pesados até a construção civil e moveleira.
- Percebemos que havia um vácuo no mercado. Hoje, no Brasil, para uma indústria obter este tipo de aço de alta resistência, com esta qualidade exigida, só no interior de São Paulo, ou é obrigada a importar - explica o empresário Paulo Sérgio Zamprogna.
A estimativa da empresa é de que há uma demanda não atendida de pelo menos 4 mil toneladas de aço de alta resistência com cortes longitudinais por mês no Estado. Para dar conta deste mercado, a PS Zamprogna pretende aumentar em pelo menos 40% a sua produção, com a criação de 25 empregos. Aliás, ainda há vagas abertas para técnicos de manutenção. Interessados podem enviar currículo para selecao@pszamprogna.com.br.
Os aços de resistência permitem que indústrias reduzam a quantidade de materiais e o peso de produtos e maquinários.
- A estrutura de uma escavadeira ou de um trator, que antes exigia aço de 10 milímetros de espessura para atender às exigências, com o material de alta resistência e no corte certo, se faz com um de 5 milímetros. Reduz o peso e garante mais qualidade - diz o engenheiro Sérgio Sonir, que comanda a equipe na montagem da nova linha da PS Zamprogna.
A montagem, aliás, não envolve apenas a PS Zamprogna. A peça principal da nova linha foi importada dos Estados Unidos, e o projeto é elaborado pela gaúcha SSC Assessoria. A TECEC Soluções Industriais, também do Rio Grande do Sul, atua na fabricação de equipamentos complementares para a linha.
Lidando com preços
A coluna aproveitou a conversa sobre a nova linha de produção para saber como a empresa está lidando com o preço do aço. Segundo Zamprogna, mesmo com aumento no valor do produto, a demanda seguiu em alta.
- Tivemos dois ou três meses difíceis, inclusive, no começo deste ano, com alguma falta no mercado de material mais nobre, especialmente para o aço perfilado, mas tínhamos algum estoque e trabalhamos com um mix de fornecedores. A nossa posição no mercado é como estar entre o rochedo e o mar, acabamos repassando as variações de preço do aço. Ainda assim, a demanda seguiu em alta, tivemos desde o ano passado um aumento de 20% a 30% na produção - diz Paulo Sérgio Zamprogna.
Hoje, a PS Zamprogna emprega cem pessoas e fornece aço, por exemplo, para a produção da General Motors (GM).
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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