Um passo importante foi dado na recuperação judicial do Grupo Paquetá, que teve o plano de reestruturação aprovado por credores. A dívida está estimada em R$ 428 milhões, com 12.418 credores. A empresa tem 9,1 mil funcionários, cinco unidades produtivas e mais de 200 lojas físicas, além do e-commerce que ganhou espaço na pandemia. As marcas Paquetá, Paquetá Esportes, Gaston, Esposende, Capodarte e Dumond fazem parte da Paquetá The Shoe Company, uma empresa com mais de 75 anos de mercado e que está em recuperação judicial desde 2019.
"Nascemos na Indústria. Criamos marcas respeitadas. Conquistamos o varejo. Somos uma cadeia totalmente completa, entendendo toda a nossa responsabilidade com o desenvolvimento econômico e social dos ambientes onde estamos inseridos. (...) Nos últimos anos, enfrentamos diversos desafios que nos impeliram a repensar nosso modelo de negócio. (...) Com a aprovação do plano, a Paquetá The Shoe Company conseguirá retomar os movimentos estratégicos que levarão o Grupo para um novo cenário de presente e futuro.", disse a companhia por meio de nota.
Em entrevista à coluna, o administrador judicial Rafael Brizola Marques, representante da Brizola e Japur Administração Judicial, destacou que o plano de recuperação teve altos índices de aprovação pelos credores e a estratégia de negociação com os fornecedores atuais, que são importantes para manter a operação. Nomeado pelo Judiciário para atuar no processo, Brizola Marques explica que o plano aprovado pelo credores vai agora para homologação da Justiça.
O programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, também entrevistou os advogados do Grupo Paquetá João Pedro Scalzilli e Marcelo Baggio, sócios do escritório Scalzilli Advogados & Associados. Eles explicaram que o plano de recuperação judicial propõe o pagamento das dívidas com o caixa gerado pela operação da empresa, ou seja, não há intenção de enxugar a estrutura, mas de seguir ampliando os negócios. Destacaram a estratégia de venda online e a exportação, já que a Paquetá fabrica calçados para marcas internacionais e a venda ao Exterior é favorecida pelo cenário de câmbio.
Saiba mais assistindo às entrevistas na íntegra aqui:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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