Há sete anos, o Dia das Mães é o meu dia preferido do ano. Eu fico ainda mais "manteiga" do que já sou. Qualquer beijo na bochecha ou "te amo, mamãe" provoca um turbilhão de emoções. E eles vêm aos montes nessa data. No domingo, eu ganhei um tablado portátil para fazer aulas de flamenco online. Recebi também um vídeo lindo do Gael, de 5 anos, falando mais uma vez como gosta da minha comida. Também assisti vídeos no computador selecionados por Atena, de 7 anos, com músicas em que uma menina canta o quanto a mãe dela é importante.
As atividades escolares foram no sábado. Na turma da mais velha, a profe Claudia ensinou uma receita com biscoitos rapidíssima. Vai um copo de farinha, 100 gramas de manteiga e um quarto de xícara de açúcar. Colocamos também um pouco de chia e de canela. Mistura tudo com a mão até a massa ficar homogênea, molda os biscoitinhos e assa por pouco mais de 10 minutos no forno até ficar da cor que gosta. Deixa esfriar e pronto!
Já na escolinha do caçula, participamos de "um baile virtual". Então, eles me enfeitaram com brincos, anéis e muita - mas muita - maquiagem e muito - mas muito - perfume. Terminei com um coração desenhado de delineador na testa e pensando: por que não faço isso mais vezes?! Eles se divertiram muito, e nada que um lenço demaquilante não tirasse em um minuto depois.
Ganhei tudo isso, mas não fiquei com a minha mãe na data pelo segundo ano consecutivo. Eu trabalhei fora na semana passada por um dia e isso foi suficiente para evitar contatos. Em especial, com meus pais. Cuidado exagerado ou jornalista contaminada pelo medo gerado pela informação (até isso dizem...)? Faço cara de paisagem e só lembro que a tranquilidade compensa a saudade.
Além disso, minha mãe é uma entre os milhares de "meio vacinados", porque aguardam a segunda dose da Coronavac. No meio de tanta tensão e cuidados com o vírus, os governos disseram que dava para vacinar sem reserva da segunda dose. Nós, ingênuos, acreditamos mesmo que com aquela pulga atrás da orelha. Pulga sabida essa, já viu muita coisa errada nesta pandemia. E, agora, eles dizem que "tudo bem" vacinar com prazo maior, sendo que não há estudos que mostrem como fica a imunização nestes casos. Aliás, a normalização da falta da segunda dose é duramente criticada no artigo do imunologista Cristina Bonorino em GZH: Por que não está tudo bem atrasar a segunda dose da vacina contra a covid
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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