Uma surpresa desagradável tem gerado reclamações de consumidores nesse período de cadastro da chave Pix, quando se prepara o início da operação do sistema de pagamentos do Banco Central em novembro. O cliente resolve fazer o procedimento no seu banco e, na hora, acaba descobrindo que seu CPF, e-mail ou telefone já está ligado a uma chave Pix. Só que é em outra instituição financeira e sem solicitação ou confirmação de um pré-cadastro. Ou seja, é um procedimento indevido, que bloqueia o dado do consumidor, já que ele só pode ser usado para uma conta Pix e em um banco, fintech ou cooperativa.
Fora isso, ainda há os golpes que roubaram dados de usuários antes mesmo do início do período de cadastro no começo de outubro. Em resposta a tantos relatos, o Banco Central divulgou uma circular dizendo que iniciou "processos formais de fiscalização de participantes" do sistema. O Bacen não informou os motivos ou quantas empresas são alvo desse procedimento, mas disse que irá punir os envolvidos.
"Caso detecte irregularidades nesses processos, incluindo eventuais cadastramentos indevidos, o Banco Central punirá os infratores nos termos da regulação vigente.", diz trecho do pequeno comunicado, também sem detalhar qual é a punição.
A instituição financeira tem que encaminhar o cancelamento da chave Pix quando solicitado pelo usuário. E mais rapidamente ainda quando for indevido. Sem choro, nem regras. No entanto, os consumidores também têm relatado nas redes sociais que estão com essa dificuldade.
Já são mais de 30 milhões de cadastros de chave Pix. As fintechs lideram esse ranking, o que tem agitado os grandes bancos. Elas têm adotada uma estratégia bastante agressiva na captação dos clientes.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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