Conmebol e CBF estão em lados opostos em uma questão extremamente importante para o futebol sul-americano. Enquanto a entidade sul-americana deseja a volta da Supercopa, com a presença de todos os campeões da história da Libertadores, incluindo Grêmio e Inter, os brasileiros se posicionaram de forma contrária, alegando que não existem datas disponíveis para a disputa de mais uma competição.
Esta queda de braço tem consequências para a dupla Gre-Nal. No caso de prevalecer a ideia da Conmebol, a primeira questão para o Grêmio é a alteração no panorama das vagas para o Mundial de Clubes da Fifa de 2021, que deverá ser realizado na China.
Com a mudança de critérios da confederação sul-americana, o Tricolor deixaria de ter uma vaga que estava praticamente garantida no Mundial, como o campeão da Libertadores de 2017.
Com o novo modelo, entrariam os campeões da Libertadores de 2019 e 2020, os campeões da Copa Sul-Americana de 2019 e 2010, com mais dois lugares para campeão e vice da Supercopa. O Grêmio ainda tem a possibilidade de vaga através da Libertadores deste ano, e em 2019 poderia ter duas chances: Libertadores ou Copa Sul-Americana e Supercopa.
No caso do Inter, o que mudaria é a possibilidade de mais uma competição no calendário e uma possibilidade extra de ter vaga no Mundial. Em 2020, o clube teria Supercopa e Libertadores ou Sul-Americana para chegar ao Mundial.
Mas, por outro lado, se a articulação da CBF der certo, impedindo a realização da Supercopa, o Grêmio poderá se garantir no Mundial com o título da Libertadores de 2017. Para o Inter, restaria a tentativa em 2020. Desta maneira, em um primeiro momento, a avaliação é de que a tese defendida pela CBF é melhor para o Grêmio. Para o Inter, ao contrário, a vantagem está no que a Conmebol deseja.
A definição deverá ocorrer até o final de 2019, e será tomada pelo Conselho da Conmebol, formado por diretores das confederações dos dez países da América do Sul, e pelos representantes do continente no Conselho da Fifa.