Vincent van Gogh morreu na amargura e no anonimato, aos 37 anos, por obra de um balaço furtivo que lhe trespassou o peito em meio ao trigal descabelado pelo vento, enquanto os corvos batiam asas a grasnar: “Nunca mais, nunca mais”. Mas, 129 anos depois da última pincelada, Vincent vive na forma de pôsteres e postais; de bonecos e bonecas e chaveiros; de canecas e canetas e carteiras, camisetas, calendários e casacos; de bandejas e bandeiras. E, numa afronta final, na forma de uma “carteira especial” para clientes VIP de um banco que já disse que poderia me ajudar.
Arte
Quem de fato merece estar cara a cara com Van Gogh?
O artista vive em meio aos murmúrios incessantes do público que zumbe e zanza, e se aglomera e se acotovela, em frente aos seus quadros, no museu Museu Van Gogh, em Amsterdam
Eduardo Bueno