Tão logo pousei meus olhos nos amendoados olhos emoldurados pela maquiagem cravejada em lápis-lazúli e a seguir contemplei os lábios cerrados num silêncio eterno, o nariz de perfeição angelical e as maçãs da face a reluzir em puro ouro, vi que estava diante de meu rei: o rei-menino Tutancâmon. Eu devia ter uns nove anos — a mesma idade que ele tinha ao assumir o trono, em 1336 a.C. Entrei então numa profunda viagem egípcia, sem data para acabar, embora ela tenha arrefecido. Aos 10 anos, escrevi meu primeiro “livro”: dois cadernos espiral repletos de hieróglifos — no caso, meus: 200 páginas de anotações e rabiscos compilados de livros que adquiri com a grana da mesada.
Não vai cair no enem
Eu de fato nada sabia sobre meu próprio país
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Eduardo Bueno