A falta de critério na aplicação dos cartões foi o principal problema da arbitragem na vitória por 2 a 1 do Grêmio contra o La Equidad na partida de abertura da fase de grupos da Copa Sul-Americana.
As decisões confusas do paraguaio Éber Aquino ficaram ainda mais evidentes no segundo tempo quando apareceram os vermelhos para Rodrigues e Duarte. As duas situações que geraram as expulsões provocaram um contraste inevitável com o lance mais grave do jogo.
Falo da entrada violeta de Andrés Correa em Alisson aos 26 minutos da etapa inicial. Foi o lance mais forte do jogo e teve punição inadequada. O jogador do La Equidad recebeu somente o amarelo após atingir com as travas da chuteira o meio da perna do atleta gremista.
De quebra, com o perdão do trocadilho, a força empregada ainda provocou uma torção de tornozelo. Não dar o vermelho no lance foi o primeiro absurdo do jogo, mas o juiz não viu o lance. Quem tomou a decisão por ele foi o assistente Milciades Saldivar.
O time colombiano abusou das faltas fortes principalmente na etapa inicial. Não foi muito diferente no segundo tempo. É justamente isso que tornou confusa a aplicação dos vermelhos. Rodrigues foi expulso por dar um tapa na barriga do adversário. Olhando o lance de forma isolada, fora do critério do jogo, entendo que o defensor perdeu a cabeça. O gesto caracteriza agressão.
No entanto, o lance do final da partida que resultou na expulsão de Duarte pelo carrinho em Rafinha não faz sentido em nenhum contexto. Por isso, o segundo absurdo não foi uma situação pontual. Foi a falta de critério que se diluiu ao longo dos 90 minutos. Não foi uma boa noite para a arbitragem na Arena do Grêmio.