
A reação do 0 a 3 para o 3 a 3, com intervenção espetacular de Roger, virou notícia nacional com mérito. Mas eram três pontos inegociáveis, que dariam gordura para os dois jogos fora de casa. Bahia, no Beira-Rio, é Copa do Mundo.
Desgaste com estresse adicional que poderia ter sido evitado. Até o alerta de eliminação tem de ser ligado. Ser primeiro no Grupo F virou bônus.
O Inter está jogando menos, seja qual for o motivo, pela sequência mais pesada do que a de seus adversários ao estresse acumulado do Gauchão Fifa.
Já não consegue se impor diante de adversários acessíveis como o Nacional ou o próprio Grêmio em crise. Tomava raros gols, agora os leva com alguma frequência.
Instabilidade
O Bahia ganhou do Nacional-URU em Montevidéu. O Nacional-COL goleou os uruguaios por 3 a 0, em Medellín. O momento do Inter é de instabilidade.
A primeira impressão é de que o Inter não tem condições de encarar essa loucura de jogos no mesmo nível de Palmeiras e Flamengo, por exemplo, em razão das carências de elenco. Talvez a virada viesse sem tirar Bernabei e Wesley, por cansaço.
Só que entraram Ramón, na lateral esquerda, e Nathan, na direita, empurrando o dublê de ala Vitinho lá para o outro lado, dentro da área, onde estava Wesley.
O Inter terminou o Gre-Nal com Aguirre, Rogel, Nathan, Ronaldo. Todos úteis, mas muito menos em relação aos titulares.
Oscilação
A lesão de Carbonero foi terrível, pois o Vitinho do Gauchão não se manteve. Roger ficou sem opção para repor Wesley. Não é caso de sirene.
A oscilação viria nessa loucura de jogos e pela análise criteriosa dos adversários antes de enfrentar o Inter. O trabalho é bom e bem feito. Mas ligar o sinal de alerta seria bom conselheiro no Beira-Rio.