
Foi um título mais do que merecido. O Inter foi muito superior durante todo o Gauchão. Não foi por acaso que manteve o octa invicto. Melhor campanha na fase classificatória. Raros gols sofridos.
Nos Gre-Nais decisivos, envolveu o Grêmio na Arena, onde poderia ter goleado: 2 a 0. No Beira-Rio, administrou a vantagem de forma pragmática, deixando a bola com um Grêmio cuja criação se reduz a lançamento longo. Anthoni só teve intervenções.
O Grêmio viveu de rebote e bola aérea. Empatou assim, após sair perdendo em um golaço de falta antológico de Valencia. Seguiu-se algum descontrole emocional colorado, fruto do peso por tanto tempo sem títulos.
Aí um jogador arrasou: Alan Patrick. Ele não brilhou como no primeiro clássico, até porque o Grêmio veio com três volantes para marcá-lo, decidido a estancar a sangria de gols. Mas e para fazê-los, Quinteros?
Na reta final, Alan Patrick reteve a bola, chamou a falta e fez o tempo passar. Enervou os jogadores do Grêmio — Quinteros tem trabalho duro pela frente: foi amassado por Roger, o grande arquiteto do título —, fazendo-os perder a cabeça e matando qualquer reação.
Impedir o octa do Grêmio significa toneladas de peso retiradas das costas do clube. O Inter vai mais leve para o Brasileirão e Libertadores. O octa sempre foi um diamante raro e único, e ele seguirá só no Beira-Rio.