Na Província de São Pedro, a vida de um interfere na do outro. É assim há mais de 100 anos. Então, é claro que a vitória expressiva do Grêmio na Libertadores, na Argentina, sobre o Estudiantes, com um jogador a menos, obriga o Inter a dar uma resposta nesta quinta-feira (25), no Equador.
O fato de ser Sul-Americana só reforça. O Delfín, adversário das 23h, luta para não cair no campeonato equatoriano. O Inter está desfalcado, mas sem Valencia, Aránguiz e Alan Patrick já bateu o Palmeiras, em São Paulo. Mesmo que Eduardo Coudet preserve Borré, para não estourá-lo pela sequência de jogos, ainda assim o Colorado tem a obrigação de vencer. O Grêmio ganhou desfalcado.
O Delfín lidera o Grupo C. Se ganhar, vai a sete pontos, deixando o Inter com dois. Só o primeiro se classifica. A Sul-Americana é o torneio mais fácil, depois do Gauchão, que o Inter tem este ano. É o atalho para sair da fila. Uma chance interessante, que dá vitrine, boa premiação e vaga na Libertadores. O Colorado não pode dar-lhe pouca atenção, sob pretexto de atrapalhar o Brasileirão.
Fez uma janela ótima de contratações, mérito da gestão Alessandro Barcellos, para ter grupo e não incorrer neste erro. Além do mais, seria inexplicável soberba. Como desprezar a Sul-Americana, diante da ansiedade da torcida para festejar um título? O Inter tem de encarar o jogo em Manta como ele de fato é: decisivo.