A derrota do Botafogo para o Flamengo, somada ao empate de Palmeiras e Corinthians, faz deste novo Grêmio sem três zagueiros e com um jogo a menos o perseguidor mais possível do líder.
Se ganhar seu jogo atrasado vai a 42 pontos, tornando-se vice-líder. Além do mais, enquanto Palmeiras, Flamengo e Fluminense dividem atenções com Libertadores e Copa do Brasil. Botafogo e Grêmio podem focar, descansar jogadores e recuperá-los. Ninguém pode ter mais fôlego.
A tarefa do Grêmio é improvável, teria de somar às vitórias sobre Cruzeiro e Cuiabá outras três na sequência, que são Bragantino e Corinthians (fora) e Palmeiras em casa — mas em futebol tudo pode.
Na matemática, o perseguidor do Botafogo é o Grêmio. A vitória sobre o Cuiabá encerra a discussão sobre dois ou três zagueiros. Era uma questão tática simplista, como se um zagueiro a mais defendesse melhor. O problema sempre foi o sistema defensivo com um todo.
Com losango de meio e volantes meio-campistas, o Grêmio está mais seguro e equilibrado. Dois jogos, nenhum gol sofrido e cinco feitos, contra Cruzeiro e Cuiabá. A vaga na Libertadores vai se consolidando, direta ou não.
A luta por título vai depender de o Botafogo, de uma hora para a outra, tornar-se confuso como a entrevista de seu técnico, Bruno Lage, que colocou o cargo à disposição. Ninguém entendeu nada. Criou crise sem motivo.