Dessa vez há o desconto de que ninguém resiste ao Botafogo no Engenhão. O líder fulminante do Brasileirão ganhou todos os jogos que disputou em casa. O desgaste colorado vivido contra o River pegou. O problema é que a derrota de virada (são sete rodadas sem vitória) do Inter, por 3 a 1, traz de volta alguns fantasmas.
Um deles é o primeiro tempo médico e o segundo monstro. Os primeiros 30 minutos registraram equilíbrio e o gol de Mauricio, mas a partir daí Rochet passou a operar um milagre atrás do outro. O time voltou do intervalo falido fisicamente. Enner e Alan Patrick não seguravam uma bola sequer na frente. As divididas eram todas do Botafogo. Fechou em 3 a 1, mas podia ter sido mais.
Outro fantasma é a tabela. O Inter desabou. Já está mais próximo da zona do rebaixamento do que da faixa de Libertadores. São muitas derrotas. Não ganha desde junho no campeonato nacional. Estamos no meio de agosto. Estacionou nos 24 pontos. Precisa chegar aos 45 para não correr risco de pânico.
Do ponto de vista tático, as entradas de Janderson e Luis Henrique, nas vagas de Lucas Fernandes e Gustavo Sauer, devastaram a defesa colorada. Janderson foi dublê de Tiquinho. Luis Henrique, extrema, foi para cima de Bustos.
O Inter demorou a dar resposta. Quando Coudet tentou fazer linha de cinco atrás, com Nico Hernández, deu azar. Nico fez contra em seu primeiro toque na bola. Em um piscar de olhos, o Inter tomou a virada. Concordo que o desgaste do jogo com o River entrou em campo neste sábado (12), mas sete jogos sem vencer é bem assustador.
O Inter travou no Brasileirão, e isso também põe pressão na Libertadores. Se der errado lá, o déficit aqui começa a ficar dramático.