Mal terminara o massacre espanhol sobre a Costa Rica, meu amigo Ticiano Osório, editor e colunista de ZH e GZH, mandou mensagem. Ele torce pela Fúria Roja desde quando ela não era nem furiosa e nem encarnada, mas uma seleção branda e opaca. Eu tirava onda, claro.
Parecia o apelido mais fake do planeta. E era, de fato. A Espanha morria na praia sempre. Isso mudou com a primeira vez, em 2010, mas depois a fúria arrefeceu.
Só que o 7 a 0 dessa quarta-feira aqui no Catar, com os jovens Pedri e Gavri reeditando as rondas de Guardiola, puxa vida. Pelas telas de Picasso!
Será que o auge da nova geração, projetado por Luis Enrique para 2026, florescerá no Catar? Bem, o Filipe Gamba é testemunha. No Esportes ao Meio-Dia, ambos fechamos questão: olho na Espanha. Ele disse:
— Diogo Olivier....Essa Nova Espanha.....
Concordei imediatamente. Dias antes de embarcar para Doha, decidi deixar um pouco de lado Grêmio e Inter em nome de abrir a coluna em ZH e GZH com temas de Copa. Pitacos, informações e análises. Quem me dá o privilégio da leitura sabe que assinalei um asterisco de admiração pelo que vem fazendo o técnico Luis Eenrique.
Ele desafiou o país deixando estrelas como Isco, Piqué e Sérgio Ramos de fora. Acelerou a renovação. Mirou Pedri e Gavi, dois guris, talvez vendo neles Xavi e Iniesta lá na frente. Tem cascudos, sim, mas encheu o grupo de jovens. O atacante Nico Williams, do Athletic Bilbao, tem 20 anos. Ansu Fati, do Barcelona, também.
Imaginava que essa gurizada fosse capaz de morrer por Luis Enrique. Tem de ver contra adversários fortes, mas 7 a 0 é inquestionável contra qualquer equipe em Copa do Mundo. Basta ver Alemanha e Argentina, que perderam para Japão e Arábia Saudita.