É a mais bombástica contratação da história do Grêmio. Só perderia para Ronaldinho, mas, como se sabe, aquela aventura foi decepcionante. Douglas Costa chega aos 30 anos, abrindo mão de valores significativos para se enquadrar na equação financeira possível na Arena. Abre mão de jogar ao lado de Cristiano Ronaldo para abastecer Diego Souza. Ainda tem algumas temporadas em alto nível, ainda mais na prateleira que habitava no futebol europeu.
O grande desafio é médico. O Grêmio, enquanto instituição, terá de descobrir uma maneira de protegê-lo de seu maior flagelo, as lesões musculares. Não fossem elas, Douglas Costa brigaria, quem sabe, por temporadas capazes de fazer dele o melhor do mundo.
Pode dar errado? Sim, pode, justamente por essas questões clínicas. Mas o risco calculado vale a pena, pela grandeza de tentar contar com um extraclasse em seu elenco, um jogador capaz de elevar o clube de patamar e de servir de espelho para a gurizada. Penso que, inclusive, se ele for bem, ainda tem mercado lá fora, seja na própria Europa, no mundo árabe ou nos EUA.
Por fim, Douglas cumpre uma promessa. Lá atrás, quando parecia apenas "jogar para a torcida", ele prometeu voltar ao Grêmio antes de encerrar a carreira. Escrevi uma coluna sobre essa promessa, aliás, de tão enfática que me pareceu. Douglas estava bem, sem qualquer chance de retornar ao Brasil.
No papel, Douglas Costa, Diego Souza e Ferreira é um ataque mais do que promissor. Vamos ver o que o campo nos diz, para além das projeções.