Poucos dirigentes no Brasil têm tanta conexão com o torcedor quanto Romildo Bolzan. Ele sabe exatamente quando falar e o que falar. Seu discurso foi no tom de Maicon após a derrota para o Santos por 2 a 1, reconhecendo que não está bom e sem buscar inimigo externo ou namorar teses conspiratórias.
Romildo cravou Renato até o fim. Está certíssimo. Seria absurdo não dar a Renato Portaluppi, o ídolo máximo, crédito durante um momento de instabilidade do time depois de tudo o que que ele fez como técnico do Grêmio, voltando a erguer taças após 15 anos de seca.
Ao citar Pity Martinez, Cuellar e Calleri, o presidente do Grêmio mostrou que pensou grande antes da pandemia virar o mundo do avesso.
Quando ele promete que vai atrás de volante, meia e centroavante nesta janela que se abre, tranquiliza o torcedor. Não há acomodação com os altos e baixos. O torcedor gremista queria e precisava dessa entrevista papo-reto com Romildo. Só as de Renato não estavam mais adiantando.