Alessandro Barcellos não é mais vice de futebol do Inter. Marcelo Medeiros o demitiu quando soube que ele será candidato a presidente agora em novembro, contra o nome dele, Medeiros, que é Alexandre Chaves Barcellos.
A situação rachou em dois candidatos, como se esperava, inclusive com desembarque de movimentos políticos. Repete-se o que vem acontecendo há anos no Inter, na mesma velocidade das derrotas: divisões e mais divisões.
Sem entrar no mérito de quem está certo ou errado, é pedra cantada. Agora vai ser isso: críticas, ataques, redes sociais. No meio dessa confusão, o time do técnico Eduardo Coudet tentando retomar o caminho das vitórias. Nessa sexta-feira (25) mesmo, Marcelo Medeiros se viu obrigado a falar e a se preocupar mais de com política do que futebol.
Em meus espaços, aqui em GZH e na coluna de Zero Hora, insisti que o não adiamento das eleições, do fim de 2020 para o começo de 2021, daria confusão. Abordo o tema faz tempo. Era muito simples. Questão de meses. Tudo está adiado em razão da pandemia, menos a eleição no Inter. Por duas vezes isso foi proposto no clube, mas nada feito. A última foi através do conselheiro Roberto Siegmann, em informação dada na coluna.
Avisei, lá atrás. Ia dar briga antes da hora, com bola rolando, e não com tudo parado, como nos anos anteriores. O risco de isso se refletir no vestiário e sepultar chance de lutar por títulos é real. O poder falou mais alto. Era óbvio que, com eleições em 25 de novembro e inscrição de chapas até 25 de outubro, a campanha estaria na rua antes. Pode acontecer, claro, mas não será nada fácil blindar o vestiário.