O técnico Renato Portaluppi tem trabalhado como é possível desde o Rio de Janeiro, onde é obrigado a ficar por determinação médica, já que integra o grupo de risco para covid-19 após duas cirurgias no coração.
Está sempre em contato com o Grêmio, especialmente os integrantes de sua comissão técnica, para avaliar e discutir a evolução dos treinos permitidos. Se for o caso, fala individualmente com cada jogador.
Também mantém contato com dirigentes, sobretudo o presidente Romildo Bolzan, com quem possui linha direta faz tempo. A relação deles é muito franca. O curioso é a maneira como os diálogos acontecem.
Mesmo em tempos de fartura de meios de comunicação, o técnico do Grêmio não usa o sistema de mensagens mais adotado no planeta, que é o WhatsApp. Muitos já tentaram fazê-lo mudar de ideia com bons argumentos, mas não teve jeito.
No máximo, recebe um jurássico SMS. Aí ele vê a mensagem e liga do próprio celular. Como você já pode imaginar, muita gente quer falar com Renato durante o dia. Tendo de se atualizar das rotinas de Grêmio assim de longe, sua conta telefônica anda voando para além do horizonte. É motivo de piada dele mesmo, é claro. Mas nada de adotar o zap. Nem para agilizar as conversas em torno da redução salarial do grupo de jogadores devido à pandemia, nas quais ele atua como mediador. É só no celular, ao vivo, sem texto, emoji ou áudio gravado.