A volta do único volante com característica de toque curto sem perda na força de marcação pode ser o fato novo do Inter nesta reta final rumo ao sonho da vaga direta na Libertadores, caso o Flamengo seja o campeão no sábado, em cima do River Plate.
Nonato entrou no segundo tempo, contra o Corinthians, recuperado de um problema no púbis. Na Arena Itaquera, Zé Ricardo tirou D’Alessandro nos minutos finais, mas o ideal é que ele ocupe o lugar de Patrick, qualificando a transição. O Inter tem de ser menos burocrático.
Contra Fortaleza e Goiás, no Beira-Rio, o Colorado terá muito mais posse de bola. Nonato dialoga com o capitão colorado. Gira, abre o espaço, desvencilha-se do marcador, prende a bola, dá o passe que rompe linhas.
Ele e o camisa 10 se aproximam e buscam tabelas, movendo o ferrolho dos adversários. E, sem qualidade e rapidez no passe, fica mais difícil furar retrancas. Se somar seis pontos nas próximas duas rodadas, o Inter encaminha vaga ao menos à fase classificatória de Libertadores.
Ainda falta ritmo a Nonato, é claro, mas quem sabe com mais uma semana cheia de treinos ele pode suportar ao menos 45 minutos? Repito que ele pode ser o fato novo no meio-campo do Inter neste fim de ano, por mudar a característica do setor.