Quase um ano depois, o Inter, enfim, venceu fora de casa no Brasileirão. E deve muito do triunfo por 1 a 0, contra o Fortaleza, ao goleiro Danilo Fernandes e, especialmente, ao seu técnico. Odair Hellmann melhorou o time no segundo tempo, mudando a postura da equipe. Promoveu substituições para vencer. E não para segurar o empate. Mesmo com os reservas. Na administração do campeonato, cujo título é quase impossível, são pontos essenciais. Dá tranquilidade para os mata-matas.
O primeiro tempo foi péssimo. Dos dois times. O Fortaleza, marcando alto e apostando nas vitórias pessoais de Romarinho e Edinho pelos lados, ameaçou mais. Natanael e Zeca sofreram no mano a mano. Mas aí Danilo Fernandes reapareceu, revivendo seus melhores momentos. Na volta do intervalo, entretanto, o Inter tomou conta. O Fortaleza não aguentou pressionar o tempo todo e cansou. O Inter, com inteligência e organização, se aproveitou. E, de novo, Odair Hellmann foi o diferencial.
Quando todos esperavam a saída do inoperante Tréllez por Pedro Lucas, ele apostou em Parede. Percebendo a língua de fora cearense e a pressão da torcida local, apostou na velocidade. O espaço, claro, apareceu. E foi em um contra-ataque de Parede, pela direita, que o rebote se ofereceu para Wellington Silva, o mais agudo e lúcido do Inter no Castelão desde o início: 1 a 0.
O estreante Bruno Silva, mesmo sem ritmo, suportou até o final. Sofreu no primeiro tempo. Depois, melhorou. Ainda está longe do nível de competição. Para uma estreia, com os reservas, foi bem. O zagueiro Klaus mostrou segurança. Sarrafiore, por fora, pela direita, cresceu na segunda etapa, assim como Nonato, o que reequilibrou a posse de bola. Uma vitória providencial na matemática de G-6 e G-4.