Mesmo que Luan fique no banco e até jogue, não se encaixaria na ideia do coelho da cartola. Assim como Diego Tardelli em vez de Alisson. Até mesmo a saída de André não seria. Renato sempre usa o centroavante, quando tem — para o ingresso de um deles não seria surpresa.
Quantas vezes o Grêmio já adotou a figura do falso 9? Vale o mesmo para o Inter. William Pottker ou Guilherme Parede em vez de D'Alessandro não muda o desenho tático do 4-1-4-1. Talvez implique em mudança de estratégia, o que algo bem diferente.
Neste caso, a aposta será toda na intensidade de marcação e na força do contra-ataque, diante de um Grêmio que, na Arena, terá a bola e será muito mais vertical. No Beira-Rio, a posse de bola foi virtualmente repartida.
Não vai acontecer, eu sei, mas até uma improvável aposta de Odair em Sobis, em razão de um eventual desgaste físico de Guerrero, tirando a referência na frente para obrigar Kannemann e Geromel a saírem da área, não seria coelho da cartola.
Insisto: Grêmio e Inter se conhecem. É raro decisão assim, com jogadores que já se enfrentaram tantas vezes, técnicos longevos no cargo oriundos da aldeia e elencos com a base do ano anterior.
Isso ANTES de a bola rolar, mas e DEPOIS? Depois, só Deus sabe.
Talvez nem Deus saiba. O planeta anda desviando-lhe a atenção para questões mais urgentes. A taça da finalíssima ficará com quem exibir nervos de aço para manter a lucidez nos piores momentos. É como diz Mano Menezes, o experiente técnico do Cruzeiro:
- O clássico se decide mais no emocional e no psicológico do que qualquer outro jogo.