
É óbvio que ele chega para a faixa salarial mais alta, onde estão Luan e Pedro Geromel, na casa dos R$ 700 mil mensais. A idade de Diego Tardelli, 33 anos, não é problema. Sempre há algum risco nesta faixa etária.
Mas, no caso dele, o risco me parece menor. Vale o esforço do Grêmio para trazê-lo.
Seriam R$ 27 milhões diluídos em três temporadas para o atacante, campeão da Libertadores pelo Atlético-MG e com histórico de convocações para a Seleção.
Parece caríssimo, não é caro.
É o mercado dos grandes clubes que pretendem disputar títulos importantes, como a Libertadores. Não é tão diferente do Inter com Paolo Guerrero, que assinou pelos mesmos três anos. É o risco calculado. A ousadia para tentar o algo mais.
Se Tardelli fez 50 gols em 92 jogos pelo Shandong Luneng, é porque vinha jogando. Fosse da turma do chinelinho, não ficaria quatro anos na China com esta média de gols — sem contar assistências, uma de suas marcas.
A situação financeira tricolor permite a investida.
O Grêmio fechou dois anos com superávit. Jael está por ser vendido para os japoneses do Tokyo. Mais dia, menos dia, Everton renderá cascatas caudalosas de euros.
Não há risco de o Grêmio se endividar ou quebrar. Se tem dinheiro em caixa em ano de Libertadores, ainda mais com Flamengo e Palmeiras se reforçando, por que não se reforçar?
Uma linha assim, do meio para frente, é promissora: Michel (Matheus Henrique), Maicon, Tardelli, Luan, Everton e Vizeu. São jogadores, afora Vizeu, que é o centroavante nato, que Renato pode variar de função no 4-2-3-1.