Jogando debaixo de chuva, num estádio vazio, contra um adversário da Segunda Divisão, o Inter foi um time triste, na noite de quarta-feira (19). Teve um único espasmo que parecia reação, um único segundo de cor e vida que iludiram o torcedor: o gol quando faltavam 10 segundos para o fim da partida.
Antes disso, o Inter foi meramente protocolar. Ficou com a bola sem saber o que fazer com ela, atirou-a insistentemente para a área do América, consagrando o zagueirão Messias, que afastou todas de cabeça, como se fosse um Figueroa, como se fosse um Baresi. Durante mais de uma hora e meia de jogo, o Inter não construiu uma só situação clara de gol.
Depois, nas cobranças de pênalti, um toque de crueldade pincelou o quadro trágico: o melhor jogador do time, Thiago Galhardo, recém-convocado para a Seleção Brasileira, errou bisonhamente. Chutou de uma forma que, em geral, ele não chuta, e a bola escorreu devagar pela linha de fundo.
Para arrematar a noite melancólica, os jogadores do Inter arrumaram uma briga sem sentido no final. Lindoso se irritou com a provocação de um adversário e partiu para a agressão. Só não invadiu o vestiário do América porque foi contigo pelos colegas.
Foi ridículo.
Foi preocupante.
Foi, mais do que tudo, triste.