Na mitologia grega, Phobos representava o medo. Filho do deus da guerra, Ares, e da deusa do amor, Afrodite, acompanhava seu pai nas guerras junto com seu irmão Deimos, o terror. (Não, esta não é a coluna do meu vizinho de página de caderno DOC Francisco Marshall). Todos aqueles que sobrevivem a guerras e outros eventos aterrorizantes, sabemos hoje, têm em menor ou maior grau sintomas de estresse pós-traumático, ou PTSD. Medos aparentemente irracionais são trazidos do subconsciente por algo que evoca uma memória traumática. Respostas como essa são frequentemente descritas como viscerais – vêm das vísceras, pois são acompanhadas muitas vezes de náuseas, vômitos, dores de estomago e reflexos intestinais. Um medo brando frequentemente é descrito como “borboletas na barriga”; e todos nós conhecemos bem o vernáculo para medos extremos, que o decoro me impede de reproduzir aqui.
Crônica
Borboletas na barriga
Os gregos não tinham microscópio; certamente, só por isso não inventaram uma divindade emocionante para as bactérias
Cristina Bonorino