Escrevo diretamente do Campeche, minha praia favorita em Florianópolis, cujo nome é mais uma vítima daquilo que chamamos de "etimologia popular" — espécie de fake news linguística que consiste em explicar o nome de um lugar a partir de uma suposição que, apesar de razoável e atraente, não tem o menor amparo na realidade. Assim acontece com Olinda, cujo nome, como juram os guias, teria vindo de "Oh, linda!" exclamação dos colonizadores europeus ao verem pela primeira vez a beleza da região — como se Olinda não fosse um antiquíssimo topônimo português e, muito pior, como se uma exclamação, com vocativo e tudo, na boca de um só explorador (sim, um só, porque não se imagina que tivesse sido em uníssono, como as torcidas costumam xingar o juiz) pudesse instantaneamente se consolidar num nome que seria adotado para todo o sempre...
O prazer das palavras
Notícia
Num upa
A coluna de hoje mostra um exemplo da imprudência de uma banca de Português ao se meter de pato a ganso num concurso público
Cláudio Moreno
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