Quem nos escreve é Afonso L., gaúcho agora radicado em Petrópolis, Rio de Janeiro: "Prezado professor: sua última coluna sobre xucro ou chucro me animou a fazer esta pergunta: sempre ouvi falar no bumbo legueiro, aquele tamborzão que os argentinos tocam nos estádios e nas manifestações de rua, e que já vi entre os instrumentos de muitos conjuntos gauchescos. Como sou veterano e já voto na fila de prioridade máxima, muito ouvi na antiga Rádio Nacional a Emilinha Borba cantando um baião que dizia "Bate o bumbo, Sinfrônio, bate o bumbo para chamar o pessoal". Agora, no entanto, tenho visto com maior frequência a forma bombo, que parece, como no caso do xucro, estar disputando a vaga de bumbo, e com vantagem, ganhando até a preferência do Manual de Redação de um dos grandes jornais do país. O senhor já disse que essas mudanças são fatos naturais da evolução da língua, mas confesso que fico nervoso quando vejo muita coisa que aprendi perder o valor que tinha".
O PRAZER DAS PALAVRAS
Notícia
Estilo
O caráter peculiar da regra ortográfica é, por sua própria natureza, a instantaneidade de seus efeitos
Cláudio Moreno
Enviar email