O amor de Romeu e Julieta não comove apenas porque é trágico, mas porque é precoce. O jovem casal de Verona – ela com 14 anos incompletos – se apaixona quando tudo conspira a favor da paixão: o corpo, a alma e a falta de termos de comparação. Morrer de amor, na adolescência, não é apenas uma figura de linguagem. Morre-se um pouco, sempre, quando o primeiro amor não dá certo – e é isso que nos comove na história dos dois amantes que preferem a morte à ideia da separação. Amores da adolescência costumam ser ainda mais passageiros do que a própria juventude, mas a nostalgia de acreditar em algo que dura para sempre pode ser eterna.
"Nossas Noites"
A idade do amor
Raras, na vida como na ficção, são as histórias de romances da maturidade, época em que tudo parece conspirar contra o amor: o corpo, a alma e o excesso de termos de comparação
Cláudia Laitano
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