
Treinadores de futebol estão em extinção no Brasil. São poucos os que resistem à nova cultura do esporte no país. O Grêmio oficializou Mano Menezes e está confirmando Felipão para reconquistar o poder do vestiário, por mais absurdo que essa frase possa parecer.
Nos últimos anos, em razão da leonina legislação, vê quem paga os salários ser comandado por quem recebe, sejam jogadores ou empresários. Mano Menezes e Felipão, exatamente por isso, perderam a sua principal característica: a força do comando.
Nos anos 90 e inicio dos anos 2000, ápice da carreira de ambos, o vestiário ainda era comandado por dirigentes e treinadores. A partir de uma nova consciência, nascida com a consolidação da Lei Pelé, os jogadores viraram supremos da relação e cobram caro por isso, e não me refiro apenas aos alto salários. O tipo de trabalho também é uma ordem do comandado para o suposto comando.
Quando um grupo decide, nenhum treinador consegue suportar. O próprio Felipão foi vítima disso com o seu Grêmio em 2021. Mano pagou caro por isso no Corinthians e no Fluminense. Os treinadores que vencem, atualmente, precisam estar no mesmo lado dos jogadores e contra quem comanda (supostamente). Hoje, curiosamente, além das contratações, são os jogadores que definem premiações e salários, deixando os seus comandados, quase sempre, reféns do sistema.
Torcedor precisa apoiar
Por essas e outras, que o torcedor precisa estar ao lado de Mano Menezes e Felipão. O futuro do Grêmio está na mão deles. Apoiá-los é uma forma de defender o futuro sadio do clube. Mesmo diante de um cenário que tem tudo para dar errado, nós temos o dever de acreditar.
O Grêmio esta sob risco depois que criou um folha astronômica e quase impagável ao longo destes anos de uma cultura terrivelmente destrutiva. Acreditem. A luta será difícil e o único caminho é lutar para retomar o controle do vestiário, e, por consequência, do Grêmio.
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