Os primeiros dias de trabalho do técnico Gustavo Quinteros no Grêmio revelaram uma série de novas lógicas que merecem a nossa análise. A principal delas foi a união encontrada entre a comissão técnica permanente do clube e os profissionais que chegaram, que são da confiança do treinador.
Uma das principais preocupações quando se faz uma mudança drástica em um ambiente de trabalho é a forma como essa nova estrutura será recebida. Quinteros chegou ao Grêmio com a difícil incumbência de substituir Renato e enfrentar um vestiário que tinha uma forma muito particular de trabalho. Os vícios que o tempo trouxe ao ambiente parecem estar deixando o clube naturalmente.
Os relatos dos primeiros treinos demonstram uma total integração entre os profissionais. As mudança no método do trabalho e a participação de todos na construção dos trabalhos físicos, técnicos e táticos facilitaram essa união e o ambiente, até o momento, é muito positivo.
É preciso dizer, no entanto, que os jogos ainda não começaram e a pressão, por óbvio, também não. Futebol é prático e os resultados terminam com qualquer narrativa.
O Grêmio precisa mudar, e o novo trabalho será mais cobrado do que qualquer outro. O dividido clube de ontem abre as portas para uma nova chance, mas somente as vitórias tem o poder de consolidar isso.