Chegou a hora de encerrar um ciclo. O trabalho do Grêmio em 2024 foi abaixo do que o futebol atual está pedindo. Será necessário reformular os processos internos e voltar a ser competitivo em um ambiente que ganhou importantes incrementos financeiros e subiu a régua. O técnico Renato não conseguiu entender essa evolução e deixou o clube exatamente por isso.
A hora, no entanto, não é de falar do técnico ou do trabalho. Isso todos conseguem ver e está escancarado. Chegou o momento de o Grêmio cuidar do ídolo, da história, da estátua. A exposição imposta a Renato nos últimos meses mostrou um homem com muitas fragilidades e isso não faz bem a ninguém. Entender as limitações e as dificuldades também é cuidar. E isso precisa ser tratado com muita rapidez. A fragilidade dos dirigentes e a personalidade de Renato deram um poder devastador ao treinador, que acabou afundando ao longo dos meses, o que fez muito mal a todas as partes.
Renato representa um momento mágico para o Grêmio. Como jogador e treinador, o eterno camisa 7 se tornou o maior ídolo de uma torcida apaixonada, que hoje se divide por algo humano demais para a história centenária de um clube de futebol. Renato precisa deixar de ser técnico e voltar a galeria dos intocáveis.
Vamos cuidar de Renato, respeitar a figura gigantesca e colocá-lo no lugar que merece. O treinador dos últimos meses não tem o tamanho da sua própria estátua, e insistir com isso é uma medida sem cabimento. Renato está tranquilo financeiramente e poderá agora desfrutar das benesses da sua própria história. Demitir Renato neste momento é salvá-lo. O Grêmio precisa cuidar, definitivamente, da estátua que foi construída com o suor de lindas vitórias.
Quer receber as notícias mais importantes do Tricolor? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Grêmio.