A tarde de domingo (4) foi de uma vitória consistente do Grêmio sobre o Athletico-PR, fora de casa, e de mais um passo importante do Tricolor rumo a uma posição mais tranquila na tabela de classificação no Campeonato Brasileiro. O jogo, no entanto, não foi a única grande informação do dia. Considerado a grande estrela das categorias de base do clube nos últimos anos, Gabriel Mec, meia de 16 anos, também esteve no topo das notícias gremistas.
O jovem talento tricolor foi vendido ao Chelsea, da Inglaterra, por cerca de 22 milhões de euros. Essa notícia ganha, por óbvio, grandes proporções. O negócio envolve grandes marcas do esporte e agentes muito conhecidos, em especial o pai do craque Neymar, que é um dos empresários do jogador do Grêmio.
Gabriel Mec fez 16 anos no dia 11 de abril e ainda não assinou o seu primeiro contrato profissional com o Grêmio. E isso, de certa forma, também é objeto de preocupação da diretoria do Grêmio.
Mesmo assim, o grande motivo para o aceite do tricolor está na necessidade financeira. O mercado mudou e, cada vez mais, veremos jogadores sendo vendidos muito mais jovens. Mec segue o caminho das estrelas do Palmeiras, Endrick e Estevão.
O torcedor precisa entender essa nova lógica do futebol. Para os europeus, quanto mais jovem se tem controle sobre os passos de um talento, mais tempo ele poderá render por lá. E é exatamente esse movimento que nós estamos vivenciando. Mec sequer consegue fazer enfrentamento com os meninos de 20 anos e não poderia enfrentar um campeonato brasileiro profissional, mas todos tem consciência que, quando ganhar físico e chegar ao mesmo nível dos demais, o seu talento irá brilhar muito.
Gabriel Mec ficará no Grêmio até completar 18 anos e, então, defenderá as cores do Chelsea. Que ele tenha sorte por lá e que o Grêmio consiga gerir bem o valor arrecadado com o negócio. Porque, afinal, foi só por isso que o Grêmio vendeu.