A semana teve dois jogos que, no âmbito do resultado e da forma, foram muito parecidos. Tanto Grêmio quanto Inter viraram partidas e conseguiram festejar vitórias, o que determinou, por óbvio, melhores ambientes para ambos.
Vendo os duelos, no entanto, enfrentamos diferenças absurdas entre as duas equipes, e aqui não estou me referindo a performance. Grêmio e Inter adotaram posturas completamente distintas no enfrentamento da crise técnica e física causada pela enchente.
Enquanto o Grêmio adotou a permanência do técnico Renato como base da evolução e agregou novos reforços, o Inter escolheu o caminho inverso. Trocando o comando, mas também mudando a fotografia da equipe.
Uma série de fracassos é algo que precisa estar em qualquer planejamento de futebol. Cada vez mais é preciso pensar sobre isso.
Mudar rumos drasticamente implica em novos custos, normalmente acima do que o clube orçou. A palavra é convicção. Trabalhar com o conceito de "terra arrasada" pode ser muito perigoso.
Futebol não é uma ciência exata e tem no dinamismo uma de suas características. Mas, nesta hora, o caminho adotado pelo Grêmio ganha mais contornos de acerto. Nada de verdades, mas a lógica precisará mudar para o Inter ficar na frente do Grêmio até o final do ano.