Tinha tudo para ser perfeito. A estratégia do Grêmio para enfrentar o Palmeiras foi muito bem pensada. Com um meio de campo forte, utilizando a velocidade de Gustavo Nunes, Edenilson e Pavon, o time de Renato fazia o que precisava para vencer o poderoso time paulista. E, de certa forma, venceu. Ao menos enquanto foi inteligente. Chegou a abrir 2 a 0, mas afundou nos minutos finais e permitiu o empate do time de Abel Ferreira. E a torcida não perdoou. Renato foi chamado de burro por alguns torcedores no Centenário, o que mostra o nível de insatisfação com o que está acontecendo no clube.
A coletiva do treinador do Tricolor também foi um ponto importante no triste final de noite gremista. Sem respostas minimamente contundentes, Renato mostrou a fragilidade do atual trabalho no clube. O Grêmio vive do trabalho do treinador, mas a dificuldade de verificar os problemas do time, transforma o imponderável em algo concreto nas projeções do futuro do clube na temporada. As opções são frágeis, Renato não admite os seus erros e a diretoria segue demorando para reforçar o grupo. E essa é receita perfeita para o insucesso.
O futuro do Grêmio no Brasileirão segue sendo incerto. Com jogos em sequência e, claramente, com sérias dificuldades físicas e de treinamento, o tricolor precisa, ao menos, entender os seus problemas. A postura reativa de Renato, nesta hora, não ajuda e ainda dá um tom de soberba que passa muito longe da realidade do clube neste momento. A hora é de ter humildade, de entender os tantos erros cometidos, de modificar caminhos, e de sobreviver. O Grêmio joga apenas pela sobrevivência no Campeonato Brasileiro.