A notícia de GZH sobre o foco do Grêmio na reapresentação dos seus jogadores para um período de treinos em São Paulo traz um bastidor constrangedor. O técnico Renato Portaluppi não esteve presente nesta reapresentação, ocorrida na manhã da última sexta-feira (17). O treinador do clube seguiu no Rio de Janeiro até a noite de domingo (19).
Voltando a matéria assinada pelo jornalista Rodrigo Oliveira, o foco do Grêmio está na parte mental dos seus atletas em razão de tudo que aconteceu no Rio Grande do Sul e, também, pelo fato de estarem longe dos seus familiares neste momento tenso da nossa sociedade.
Pois o grande líder, valorizado por todos, não esteve presente no dia desta apresentação, mesmo com toda a facilidade de deslocamento que a ponte aérea entre Rio e São Paulo nos coloca. Inaceitável.
E a crítica não tem o sentido prático como definidor. A questão é a mensagem. O conceito de união trazidos do centro da tragédia precisava do engajamento do treinador do Grêmio pelo tamanho que ele representa junto a imensa torcida gremista. E por isso o constrangimento. Renato trata as suas ações como imunes, mas essa parece ter superado o campo profissional.
No atual momento do Rio Grande do Sul, as suas raízes precisam ser abraçadas e os líderes são fundamentais neste momento. As mensagens, nesta hora, são representativas. O famoso escritor americano Ernest Hemingway disse, certa vez, o seguinte: “Às vezes, não importa a guerra, e sim quem está ao seu lado na trincheira”.
E é isso. Só isso.