A grande discussão na semana do Grêmio está na escolha da prioridade do clube entre a final do Gauchão e a estreia na Libertadores. Ao menos, foi esse o centro das conversas entre gremistas nos últimos dias.
O clube parece ter escolhido a opção de preservar os seus titulares para a disputa pelo hepta estadual e deve confirmar a escalação dos reservas na estreia da competição sul-americana. Mas afinal, quem decide isso? As definições de um caminho que envolve a paixão de milhões de pessoas devem ser definidas por quem? Dirigentes? Técnico? Jogadores? Torcida?
A curiosidade desta discussão é que ela jamais vai conquistar a unanimidade. Os torcedores, por exemplo, se dividem e isso deve ocorrer também entre os dirigentes. Faz parte deste processo e não devemos criar nenhum tipo de crítica ao caminho adotado por quem precisa escolher. O futebol, nesta hora, revela o que temos de mais autêntico. A vontade é o centro desta decisão.
Saber entender uma vontade maior e viver essa paixão é uma virtude que precisamos valorizar. As escolhas sempre são magníficas quando baseadas nisso, e um clube de futebol como o Grêmio precisa ter essa essência sempre viva.
Um projeto não pode estar na frente da vontade da maioria dos torcedores. A escolha do Grêmio, que prioriza a luta pelo hepta, é uma resposta aos céticos, aos amantes das cartilhas. A paixão venceu e isso precisa ser saudado por todos. Não critiquem essa decisão. Ela é baseada em uma máxima que doutrinou a história deste clube: dar alegrias definitivas aos seus torcedores.